Metodologia Avaliativa - História
O
que é avaliação?
A avaliação é um ato
constante da vida cotidiana. Qualquer tomada de posição sobre determinado
assunto requer que se analise a situação e se assuma uma opinião a ela. A ação
de proferir palavras e de escrever um texto necessita de uma avaliação prévia
de quem se fala e de quem se escreve. É uma avaliação que se faz do
interlocutor e ela pode estar correta ou equivocada. Com base em uma
reavaliação, novas falas e novos textos poderão ser produzidos. O contrário
também é verdadeiro, pois se analisa o que se ouve e o que se lê. Portanto, em
todas as instâncias da vida, estamos avaliando ou sendo avaliado.
Nesse sentido, a
avaliação não deve e não pode ser entendida negativamente, pois é uma atividade
coletiva e individual com objetivo e o intuito de melhorar a compreensão
daquilo que se ensina e daquilo que se aprende. E, tão importante quanto o
resultado, é saber quais as ações e os procedimentos que serão tomados com base
nele.
A avaliação escolar
está diretamente relacionada ao que se pretende que o aluno aprenda (o que se
aprende), considerando-se o raciocínio, as habilidade, competências e atitudes
que contribuam para uma leitura de mundo. Além disso, está associada ao modo
como se dá a aprendizagem (como se aprende), tendo em vista os cuidados na
adequação dos conteúdos e nas estratégias didáticas, considerando a faixa
etária dos alunos. Por fim, mas não menos importante, ao avaliar, é necessário
à clareza quanto à finalidade social e cultural do aprendizado de dado conteúdo
(o que se pretende).
Avaliação
formativa
Nesse tipo de formação
é apresentada uma proposta objetiva, com aspectos avaliativos, correspondentes à
formação de habilidades, que visem alcançar o desenvolvimento de determinadas
competências. Os alunos representam o elemento desenvolvedor de habilidades, no
qual sua representação o saber do aluno por suas capacidades cognitivas em
solucionar problemas. Para o professor, essa é a oportunidade de receber uma
avaliação sistêmica da metodologia aplicada na turma, ou seja, é o momento em
que ocorre uma avaliação do trabalho desenvolvido dentro da sala de aula.
Metodologicamente, esse
tipo de avaliação é aplicada diariamente, periodicamente ou determinadas
ocasiões (desenvolvimento de projetos ou atividades interativas), tendo em
vista a correção de cadernos e deveres de casa, aplicação de provas e de
testes, sempre observando o desempenho didático em solucionar problemas por
meio das habilidades desenvolvidas. Sobre a avaliação formativa Philippe
Perrenoud trás a ideia que:
A
avaliação formativa está, portanto, centrada essencial, direta e imediatamente
sobre a gestão das aprendizagens dos alunos - pelo professor e pelos
interessados (PERRENOUD, 1999, p. 45).
Assim, temos a
avaliação formativa a mais utilizada em todos os centros educacionais do país.
Haja vista que, a avaliação formativa busca situar no centro da ação a
formação, ou seja, objetiva proporcionar o levantamento de informações
necessárias para a avaliação do processo de ensino.
Avaliação
cumulativa
Avaliação voltada para
a retenção do conhecimento, o aluno vai adquirindo capacidade de conhecimento,
que compõem sua formação. O dia a dia do aluno é repleto de atividades voltadas
para a retenção do saber. As orientações são contínuas e recorrem às
ferramentas presentes nos parâmetros curriculares (LDB, BNCC, entre outros),
tendo as avaliações, testes, simulados, entre outros instrumentos avaliativos
utilizados, como instrumentos somativos, no qual irão determinar o avanço do
aluno, em referencia ao seu nível de ensino. Wachowicz e Romanowski destacam
que:
Wachowicz
e Romanowski destacam que: A avaliação somativa manifesta-se nas propostas de
abordagem tradicional, em que a condução do ensino está centrada no professor,
baseia-se na verificação do desempenho dos alunos perante os objetivos de
ensino estabelecidos no planejamento. ( Wachowicz e Romanowski v. 7, n. 2,
2002).
Portanto, esse tipo de
avaliação tem o papel de medir o conhecimento.
Avaliação
Diagnóstica
O propósito da
avaliação diagnóstica é identificar ou verificar os conteúdos e o conhecimento
dos estudantes para o professor melhorar o ensino-aprendizagem. A partir do
diagnóstico, o docente elabora ações para atingir os objetivos esperados e
suprir as necessidades. Segundo Cipriano Luckesi:
A
avaliação diagnóstica é um modelo avaliativo que se articula com outros modelos
pedagógicos, entre esses modelos, vale ressaltar o modelo escasso e ineficaz
que poderíamos chamar de “avaliação classificatória”, uma vez que tal modelo é
utilizado como somente um “instrumento de reprovação e aprovação” no nosso
sistema educacional atual.
É nesse cenário
compreender que a avaliação da aprendizagem, serve como subsídio para planejar
o ensino. Por isso, é mais recomendado para o começo do processo. Entre as
opções de avaliação diagnostica deve ser utilizada por meio de entrevistas com
alunos, exercícios ou simulações, observações dos estudantes, consulta ao
histórico escolar e questionários ou perguntas.
Avaliação
somativa
Esse tipo de avaliação
se aproxima do modelo avaliativo somativo, citado anteriormente, pelo qual
busca medir o conhecimento do aluno, evidenciando seu potencial para passar de
ano letivo e seguir seu nível de conhecimento, instrumentado mediante a
resultados satisfatórios em provas, testes ou simulados, afins de medir sua
nota final, objetivando a aprovação.
Autoavaliação
É a forma de avaliar o
conhecimento adquirido, no percurso de sua formação. Seu ato, de autoavaliar
deve estar em constante recorrência, haja vista que as ferramentas utilizadas
buscam mudar seu jeito de agir, pensar e solucionar problemas. Se tona
importante no processo de ensino e aprendizagem, pelo qual a ação pode mudar o
plano de sua vida.
O processo de avaliar faz parte do universo humano e representa, na educação, um instrumento correspondente aos desenvolvimento de habilidades e competências dos educandos, sobre seu papel social na sociedade, juntamente com a representação de sua atuação enquanto sujeito histórico no mundo.
ISSO É HISTÓRIA!
Referência
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. Cortez
editora, 2014.
PERRENOUD, Philippe. A formação dos professores no século
XXI. PERRENOUD, Philippe;
THURLER, Monica Gather, et al. As competências para ensinar no século XXI: a
formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed. 2002a.
cap, v. 1, p. 11-33, 2002.
WACHOWICZ, Lílian Anna; ROMANOWSKI, Joana Paulin. Avaliação: que realidade é essa?. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 7, n. 2, 2002.
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