O Ensino de História e o Silenciamento da Memória
O ENSINO DE HISTÓRIA E O SILENCIAMENTO DA MEMÓRIA: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA
Texto Publicado no Link:
Thiago De Araújo Lira (thlira.a@gmail.com)
Anderson Claytom Ferreira Brettas (andersonbrettas@iftm.edu.br)
Introdução
Este trabalho visa tratar da educação e do processo formativo, com o tema Ensino de História, Literatura e Memória, relacionando com os aspectos literários e históricos dos regimes autoritários na América Latina. Literatura e História correspondem a um importante suporte da memória social, no que diz respeito às denuncias as memórias silenciadas, assim, nossa abordagem ocorre no curso de licenciatura em história do Instituto Federal Sul de Minas Gerais, campus Inconfidentes. Compreendemos que o trabalho educativo requer conhecimento técnico e metodológico, no qual represente o caminho ou jornada educativa dos educadores e educandos, marcados na trajetória dos Institutos Federais e na memória da educação profissional, pelo qual a retrospectiva histórica da educação profissional busca rompimento com a dualidade estrutural do ensino, oferecendo cursos de graduação que atendam as necessidades locais.
Referencial Teórico-metodológico
A história da educação profissional no Brasil corresponde à necessária reflexão analítica sobre os elementos curriculares e metodológicos presente na educação básica e tecnológica, sobretudo, a formação do professor. Assim, a análise qualitativa é o método proposto, que reconheça as qualidades da formação do licenciando de história, reconheça a produção do homem como um produto em desenvolvimento e ao mesmo tempo, esse mesmo individuo compreende conscientemente o meio em que está inserido, enquanto ator histórico, esse processo corresponde ao que chamamos de processo formativo.
Desenvolvimento
Nossa análise tem por objetivo, identificar a relação dos processos educativos dos licenciandos em história do IFSULDEMINAS, com a construção da escrita da história, através da análise do período de regimes autoritários na América Latina, tendo a memória como elemento da construção da narrativa literária, para desenvolver estudos relacionados à formação do professor de história e da fundamentação do ensino de história. De modo especifico, buscamos contribuir para um futuro em que a superação da dualidade do ensino seja superada. E para a análise historiográfica, procuramos compreender a historicidade da literatura e sua correspondência com a narrativa histórica, haja vista que essa relação é construída por regimes, sendo eles formas como uma sociedade se relaciona com o tempo e como essa relação afeta essas sociedades. Assim, nossas referências dialogam sobre o processo de escrita da história, na perspectiva da Nova História, a construção da memória a partir da relação entre os conflitos da memória, transitando pela construção do discurso histórico na literatura e a escrita localizada no tempo. Sobre a literatura, buscamos a articulação com a história, por meio da concepção do discurso sobre a memória, compreendendo a literatura como uma fonte importante na produção do conhecimento histórico e das narrativas históricas, podendo relacionar, portanto, a literatura aos fatos históricos. Temos assim, uma análise que alia a literatura e memória, na construção da narrativa histórica, que contribui no processo de formação dos licenciandos de história, pelo qual os literatos representam um grupo indispensável na compreensão do passado. Desvendar o mundo da educação profissional e tecnológica, compreendendo as relativizações dualistas do ensino, presente na história da educação, e suas implicações práticas na formação do adolescente, pode ser hoje, o grande desafio das praticas pedagógicas. Sendo assim, o grande diferencial do ensino deve ser a relação da prática educativa com a práxis social, não sendo individualizada apenas no contexto de participação de projetos de cultura, esporte e lazer. Nesse sentido, podemos refletir sobre o papel da literatura no que tange a história, acrescentando como suporte de análise, a definição memória da educação profissional, juntamente com a relação com o processo formativo, questionamos se é possível avaliar a contribuição da literatura sobre os regimes autoritários, como uma análise histórica de um período, no processo de formação dos licenciandos em história? Como trazer textos ficcionais da literatura para a pesquisa e para o ensino de história? A história, uma ciência histórica, que busca conhecer o passado, não deve deixar de lada os suportes da memória na construção da narrativa que remonte ao passado, experiências de uma sociedade, mesmo que essa narrativa seja construída sob a égide da literatura.
CONCLUSÃO
Assim, nosso pressuposto de trabalho corresponde ao trabalho no campo da história social, sob a análise da historiografia e da literatura, acentuando a perspectiva da resistência da memória, confluindo com o processo de silenciamento da memória coletiva imposta pelo Estado, presente na historiografia e na formação dos licenciandos de história, ao referir períodos históricos de repressão. Logo, literatura será vista como fonte histórica, como documento histórico e, ainda, como testemunho da história social.
Como citar
LIRA, Thiago De Araújo; BRETTAS, Anderson Claytom Ferreira. O ENSINO DE HISTÓRIA E O SILENCIAMENTO DA MEMÓRIA: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA.. In: Anais do Colóquio nacional e colóquio internacional - a produção do conhecimento em educação profissional: em defesa do projeto de formação humana integral. Anais...Natal(RN) IFRN, 2021. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/VIColoquioNacionaleIIIColoquioInternacional/446723-O-ENSINO-DE-HISTORIA-E-O-SILENCIAMENTO-DA-MEMORIA--UMA-ARTICULACAO-ENTRE-HISTORIA-E-LITERATURA>. Acesso em: 09/01/2022 12:38
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